12/02/2008

NEGÓCIOS

Não gosto mais de falar o nome dele. Cheio de fogos e sombras. Pensar que há dez, doze anos atrás, ele me entrevistou para um emprego e eu torcia para que desse certo... Ecaaaaaaaaa!

O governo prepara mudanças nas regras para quem derrubou ilegalmente

a Amazônia. Pacote em estudo nos Ministérios da Agricultura e do Meio
Ambiente prevê uma espécie de anistia para desmatadores, que poderão manter
devastada metade de suas fazendas, voltar à legalidade e ter direito ao
crédito agrícola oficial - desde que aceitem recuperar a floresta na outra
metade das terras. Com isso, serão regularizados 220 mil km2 de Amazônia
desmatados ilegalmente. Para quem não derrubou a mata, continua a valer a
obrigatoriedade de preservar 80% da propriedade. "A área já está desmatada.
Permitir que a recuperação nas áreas de uso intensivo seja de 50% é uma forma
de diminuir a pressão por novos desmatamentos", disse o
secretário-executivo do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco -

OESP, 10/2, Vida, p.A20.
Fonte: ISA

É a mesma coisa de sempre. Começa devagar. Uma CPMF aqui, uma CPI precisando dos votos aliados acolá... Uma Dilminha mão-de-ferro, um PMDB que chega com uma lista de cargos, um tetradáctilo que nunca sabe de nada e se reelege com o bolsa-esmola... Enfim, assim vão se forjando os ingredientes perfeitos para, com a permissão da palavra, a FODELANÇA total em cima de quem, meus amigos, quem, quem? Do meio ambiente, claro!!!

E quem mais poderia pagar o pato, a galinha, o marreco, paca, tatu (cotia não) disso tudo? Quem mais poderia, além de todos os que já fazem filas e morrem nos corredores dos hospitais, nos morros, no sertão, nas enchentes, ou os mortos viventes - os que se espremem nas filas, nos ônibus, sob chuva, sob sol, longe dos carpetes e do ar condicionado?

Claro, o meio ambiente, essa iminência parda para quem sobra a conta suja, para onde vai a gorjeta, a caixinha das negociatas do Congresso, Senado, Câmaras e que o Executivo, submissa e vergonhosamente, executa.

Dona Marina, Seu Capobianco... Belo passado remoto, amargo passado recente. Vergonhoso presente. Futuro? Qual?

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