30/11/2015

LAMA

O crime ambiental da Vale/Samarco não surgiu do nada. O Código Florestal foi desmantelado em 2011; uma revisão em andamento do Código de Mineração tem como relator um deputado financiado pelas mineradoras; a PEC 215 pretende desmontar de uma só vez a legislação sobre Áreas Protegidas e Terras Indígenas; o Ibama concedeu ontem a Licença de Operação para Belo Monte; o PLS 654 acabou de passar numa Comissão do Senado e a COP 21 começa daqui 5 dias em Paris.


Tem coisa demais acontecendo para alguém ter a desculpa de achar que precisamos gerar empregos a qualquer custo, que índio não trabalha, que a culpa é do PT ou que já faz sua parte separando o lixo.2015

16/11/2015

ALADIM

Uma coisa que eu já fui e nunca mais quero ser: servidora pública. Uma coisa que nunca fui mas ainda quero ser: rica.

As outras são impublicáveis.

15/11/2015

DIVANDO

Elza Soares não faz apresentação, faz espetáculo. Com a companhia irretocável da Orquestra à Base de Cordas, passeou por Lupicínio, Caymmi, Chico e outros clássicos. Mas o que mais me impressionou não foram as músicas e sim a presença de uma lenda no palco.

Em recuperação de uma cirurgia de coluna, era auxiliada tanto para se levantar quanto para se sentar. Compensou, porém, com conversas ao longo do show. Elogiou Curitiba. Disse, pelo que eu entendi, que tem uma forte ligação com a cidade em decorrência daquelas apresentações dos meninos cantores do Palácio Avenida. Conheceu um deles há anos e o adotou. Hoje, ele é seu maestro (isso foi o que eu entendi).

Marcou o show em várias passagens com a defesa dos direitos dos negros, gays e mulheres. Criticou abertamente Marcos Feliciano.

Disse que adorou o Bar do Torto, que tem esse nome em homenagem ao Garrincha, e saiu de lá mais torta que entrou. E ainda por cima peitou a Kaiser, patrocinadora do evento. Sensacional!

09/11/2015

CALOR

- Oi, aquela caixa de doação que ficava aqui não está mais?

- Procura a Administração da Rua da Cidadania.

- Oi, eu estou procurando a caixa de doações. 

- Deve estar lá na Guarda Municipal. 

- Não está, acabei de passar lá e eles falaram que estava aqui.

- Então não deve estar mais disponível. 

- Puxa, mas como faço p doar essas roupas?

- A campanha de inverno já deve ter terminado então.

(Estamos em novembro e não faz frio - Essa cidade é muito modelo e não tem pessoas precisando de nada - Aliás ninguém precisa de nada nesse país que literalmente verte lama - Mas que bela porcaria que são as repartições, como se eu já não soubesse)

Não falei nada disso para a atendente. Na rua XV não tive a mínima dificuldade em achar quem precisasse das minhas doações. 

04/11/2015

CASA DOS LORDS


Julieta Reis é de qual partido mesmo? E a Prefs boazinha, alegre e contente, obedece.

24/10/2015

PERCEPÇÃO

Alguém me explica como eu pude gostar anos a fio de Belle and Sebastian? A atmosfera que eu sentia ao ouví-los é totalmente diferente da que vejo no show do Pop Load que rolou em SP. A adequação do termo "bobo alegre" é perfeita.

18/10/2015

PATRIMÔNIO

Sempre tive um gosto musical eclético, embora firme em minhas preferências - e tb em minhas implicâncias. Blindagem nunca fez parte das minhas bandas preferidas, ao contrário. Não gostava daquela coisa anos 70, não só neles mas em muitas bandas - com algumas nobres exceções. Achava que precisava haver renovação no cenário musical, e decididamente o Blindagem não contribuía com isso. Fora aquele massacre na programação da Estação Primeira.

O tempo passou e depois dessa fase fiquei 15 anos fora de Curitiba. Quando voltei passei por um processo de reintegração com a cidade e comigo mesma, andando pelas ruas que um dia tinham sido "minhas", revendo velhos amigos, resgatando algumas convivências, reconstruindo minha identidade e fortalecendo a sensação de pertencimento ao cenário.

Me apaixonei loucamente por uma pessoa que tinha hábitos, vida social e visão de mundo bem diferente da minha - mas adorava Blindagem, a ponto de ter ido se despedir do Ivo no Teatro Guaíra. Fui percebendo o quanto a banda fazia parte das lembranças da várias gerações e de pessoas tão diversas entre si. E de repente, ouvir Blindagem me aproximava da experiência de estar novamente em Curitiba.

Desde então vi alguns shows da banda, inclusive o de ontem na Ópera de Arame. Devido às condições do local, não fui esperando muita qualidade técnica no som, e eu estava certa. Não sei o que fizeram, mas só consegui ouvir bem a orquestra na segunda metade do show.

Muitas pessoas dizem que o Blindagem sem o Ivo não é o Blindagem, mas gosto do novo vocalista e acho que ele cumpre bem o seu papel. Percebi tb a técnica do baterista, à qual nunca havia me detido anteriormente. Mas o feeling do show esteve, sem dúvida, no guitarrista Paulo Teixeira. Toca com vontade e se divertindo!

Foi um show bastante parecido com o "Rock em Concerto", que eles fizeram, ainda com o Ivo, com a Orquestra Sinfônica do Paraná. Creio que queriam registrar, numa fórmula que já deu certo, algumas músicas novas e a continuidade da banda sem ele. Além disto, comemoraram 40 anos de estrada, o que, convenhamos, não é para qualquer um.

Considero cumprida essa parte da missão. Curitiba ñ tem mais sabor de novidade para mim - embora eu a redescubra diariamente; o rapaz com quem vivi um tórrido e longo affair faria aniversário hoje mas deve estar tomando "uns bom drink" com o Ivo no céu; a maioria dos meus amigos continua não gostando de Blindagem - embora eu tenha tb feito novas amizades que gostam e a vida continua num domingo nublado na cidade que é minha novamente.

16/10/2015

NADA

Gregório, desse programa humorístico (?) que eu nunca vi, escreve um roteiro para o Alexandre Nero protagonizar, com trilha sonora do Lobão. Estreiam com incentivos da Lei Rouanet sob o governo azul ou vermelho, tanto faz. Para mim, é a irrelevância reunida.

14/10/2015

ALICE


Tudo fica lindo nas publicações das repartições nas redes. De Ministério a Fundação, de Tribunal à Prefeitura, é uma felicidade só. O pioneirismo é, como se orgulham os nativos, curitibano. O MJ do justo Cardozo aprendeu bem. Transformou tráfico e escravização de pessoas em sorridente imigração. Sorriam.

10/10/2015

REMÉDIO

"- Mãe, ñ se preocupe, é normal que a gente esqueça as coisas, isso ñ quer dizer que vc tenha algo mais sério. 

- Ah, Tati, eu já estou melhor. É só não pensar. Dia que eu não penso, eu não esqueço nada."

08/10/2015

VORACIDADE


Deixar o PSOL e ir para a Rede é assumir a pasteurização das articulações políticas. Não que o PSOL não as tenha, mas não nos esqueçamos que Marina apoiou o Aécio. E a Rede aceitando gente do PC do B, que contribuiu de maneira nefasta para a morte do Código Florestal, é simplesmente mostrar que não está nem aí para as questões ambientais e o que importa são as alianças para o poder. Também, o que se pode esperar de alguém que já esteve com o PV? Ano que vem a Rede vem, e vem forte, espertamente abrigando diferentes tendências sob o emblema da diversidade, mas no fundo querendo, como todos, governar a qualquer custo.

CAPA


Morei 15 anos na Bahia e sei quem o Cedraz representa. Discípulo da ACM, com cargos no executivo e legislativo por décadas. Foi nomeado ministro do TCU por Lula. Já o Nardes, atolado até o pescoço com a Operação Zelotes. Mas nada disso ameniza a responsabilidade do governo federal no processo. Quis tudo isso, não quis? Fez e faz acordos com a escória. O saco é sem fundo. Como já não bastasse a reforma ministerial, agora a movimentação de dinheiro, lama e influências vai ser colossal durante todo o andamento no Congresso. Ser benevolente, ter peninha ou compactuar com o inacabável jogo de vitimização do PT é atestar cegueira e masoquismo.

05/10/2015

ASTRONAUTA

Show do Wander Wildner na sexta passada. Os arranjos com teclado ficaram ótimos e foram executados de maneira empolgante. Quanto ao Wander, bem... Ele é sempre o Wander!

02/10/2015

PAZ

Trilha sonora da manhã: mantras belíssimos por Vrndãvana Dasa. O conheci numa festa em Salvador há uns 10 anos. Os arranjos são bem simples e, talvez por isso, encantadores. Voz, violão, harmônico, coro, tabla e karatãlas. Capa simples, feita em casa. É muito amor, e o "Do it yourself" rolando desde sempre para quem acredita no que faz.

01/10/2015

MIÇANGAS


Entrevista altamente esclarecedora. Vale a leitura atenta, não apenas por professores, pais, mães e estudantes, mas por todos que se importam com os rumos ñ só da educação mas de todo o panorama econômico e social que está sendo desenhado.

Qual é realmente o interesse de grupos financeiros como o Itaú (da Neca Setúbal, coordenadora da campanha de Marina Silva), Vale, empreiteiras e agronegócio têm ao participar do movimento "Todos pela Educação"?

Qual a relação entre os investimentos de fundos, o PNE (Plano Nacional de Educação), o "Pátria Educadora", a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos - que na ditadura se chamava SNI), e o Mangabeira Unger?

LERO


Blá blá blá blá... Aquela velha linguagem de repartição. Se deram ao trabalho de responder item a item mas... cadê, realmente, o conteúdo? O artigo de Santilli segue contundente!

COADJUVANTE


A queda do desmatamento está concentrada na Amazônia, o que não significa que lá está tudo bem. Nos outros biomas, Cerrado indo embora pela soja e pecuária, Caatinga para o carvão das siderúrgicas e Mata Atlântica espremida em fragmentos.

MAIS DO MESMO


Poutz. Foi governador da BA. No início, manteve as práticas que todos esperavam que iria dissolver. Depois as consolidou com requintes de dar inveja aos seus antecessores discípulos de ACM. No primeiro de seus dois mandatos, deixei definitivamente a repartição.

VACILO


Sempre evitei personalizar minhas críticas ao governo federal, pois não acho construtivo usar jargões que possam ser confundidos com os da direita. Mas tá difícil, hein? Buraco atrás de buraco.

30/09/2015

CAROCHINHA


Políticas públicas esquizofrênicas. O MDA tem feito coisas bem legais mas... qual a efetividade, nesse Congresso e frente ao MA? Sim, como na psicanálise, cada um tem que fazer o que está a seu alcance, vc tem que mudar a si mesmo e o outro talvez mude a partir disso. E como na história do beija-flor apagando o incêndio, se cada um fizer a sua parte etc etc.

Mas...

É o bastante? São pesos equivalentes? É eficiente (e honesto) gastar tempo e recursos em duas ações evidentemente opostas e mutuamente excludentes? É legítimo brincar de "faz de conta" com os movimentos sociais e "jogar de verdade" com os ruralistas?

Minha resposta, apesar das ponderações iniciais, é "não".

INFÂNCIA

No almoço:

Garçom - Suco de uva, senhora?

Caco - Hahaha, ele te chamou de senhora. Senhora, hahahaha. (Irritantemente)

Eu - Ah é, né Caco! E vc, cheio de cabelo branco, nunca ninguém chamou de senhor! Sei. (Braba) Me chamaram de senhora pela primeira vez qdo eu tinha 27 anos, numa padaria em Piracicaba. É normal. (Me justificando, sem ter sentido fazê-lo.)

Segue o almoço.

Na saída:

Eu - (Relembrando o assunto, sem ter novamente sentido fazê-lo) Caco, vc com esse cabelo nunca ninguém chamou de senhor não, né? (Menina de 9 anos de idade x menino de 10)

Caco - Chamam sim. Geralmente perguntam: "o Sr quer alguma coisa? " e eu respondo: "Paz na Terra aos homens de boa vontade".

x - x - x - x - x

O que fomos, o que nos tornamos e o que nunca deixamos de ser.

27/09/2015

A VER


Licença negada provisoriamente, até que enfiem goela abaixo dos analistas ambientais alguma nova e brilhante maneira de, como sempre, fazerem o que querem com o país, o meio ambiente, os povos indígenas, eu e você.

Ou alguém acredita que o "progresso" a qualquer custo beneficia algo além dos cofres das empreiteiras, dos mandatos políticos complacentes e da escória de condutas adotadas nesse jogo imundamente disseminado?

Adriana Ramos explica com uma calma e competência que não tenho, detalhes das condicionantes descumpridas e rebate o cansativo jargão "ah, mas precisamos de energia elétrica, os órgãos ambientais sempre atrapalham o desenvolvimento do país".


Eu, que tenho memória, sei muito bem que a atual presidente passa como um trator sobre a legislação. Se o fez sem escrúpulo algum qdo foi Ministra das Minas e Energia e posteriormente Chefe da Casa Civil, se empenhando especialmente nos leilões das usinas Belo Monte, Santo Antonio e Jirau, dá para imaginar como anda o licenciamento ambiental nos últimos tempos?

PEROBA


Ca-cil-dis.

SELETIVIDADE


"Tem que vir um ator de fora para dar aparelhos auditivos p quem precisa". Peraí... Tem mesmo? Ou a gente que está tão acostumado a se ferrar que fica com a autoestima na chón e começa a bajular quem chega com espelhos e miçangas? Uma garapa, por favor!

MOSCA



Ele era esquisito. Mas como Mimi não era exatamente a pessoa mais convencional do mundo, relevou. Não ligava para os potinhos de comida brancos com tampa verde. Embora não gostasse de futebol, achava legítimo que alguém adornasse a casa com as cores do time. Afinal de contas, ela decorava a sua com as páginas centrais das revistas de astronomia.

Juntos comiam pipoca, iam ao zoológico e passeavam de Interbairros II. Não eram seus eventos preferidos, mas resolveu achá-los pitorescos.

O sexo com ele lembrava seus tempos de repartição: era burocrático. Inevitavelmente isso se tornaria um problema, mas por algum tempo preferiu se ocupar com a descoberta de novas receitas culinárias. Apagou a lembrança de todas as noites árduas que passara com Fagundes, a quem tentava esquecer depois de ver os noticiários na televisão.

Até que um dia, no alto da roda gigante do Parque Alvorada, o colecionador de flâmulas disse que não queria mais. Mimi não esbravejou, pois lembrou da promessa que faz todo reveillon.

Havia de se tornar uma pessoa mais tolerante. Não disse que ele falava demais e que ela ouvia com paciência pois esperava que chegasse a hora dela também falar. Não disse que preferia ir sozinha à reunião dos Astrônomos Anônimos a passar o final de semana com ele vendendo rifas na quermesse.

Não disse, finalmente, nada que fizesse com que ele a conhecesse de fato. Afinal, a companhia de um ao outro jamais passara de uma insípida conveniência.

De quando em vez Mimi tinha um leve desconforto ao lembrar que podia tê-lo dispensado antes de ser preterida. Em seguida vinha a felicidade de ir ao planetário o invés de colar figurinhas no álbum da Copa do Mundo.

21/09/2015

CRY

Indígenas dizimados, Código Florestal mutilado, transgênicos liberados, órgãos ambientais enfraquecidos. No Dia da Árvore todos choram lágrimas de sangue.

20/09/2015

QUE HORAS?


''Ninguém quer aparecer em público dizendo que é machista. Ninguém vai falar que é a favor do feminicídio, das condições desiguais de emprego ou da violência contra a mulher. Mas isso não significa que você não esteja reproduzindo algum comportamento que se encaixa numa cadeia que termina numa dessas coisas.

(...) E nem mesmo cineastas que muito provavelmente jamais pensaram se ver metidos com uma coisa dessa de sexismo estão livres de reproduzirem uma ideologia que é, sim, machista.

(...) Era noite de sábado, 29 de agosto, quando a diretora Anna Muylaert entrou numa sala do Cinema da Fundação, no Recife, para debater com a plateia seu novo filme, 'Que Horas Ela Volta?', premiadíssimo, elogiadíssimo e candidatíssimo a representar o Brasil na tentativa de uma vaga no Oscar do ano que vem.

(...) Lírio Ferreira e Cláudio Assis (...) estavam ali para debater com Anna, mas um deles não teria deixado sequer que ela ocupasse uma cadeira no palco. Interromperam sua fala, ofenderam Regina e um maquiador, ironizaram a plateia.

(...) Prontamente, a Fundação Joaquim Nabuco prometeu uma resposta. E ela veio tão rápida quanto tacanha. Decidiu-se proibir os dois diretores pernambucanos e seus filmes de participarem da programação dos espaços culturais mantidos pela organização durante um ano.

(...) O primeiro problema de uma decisão assim é que ela faz pouco ou nada para remediar o ocorrido. O segundo é que joga para a plateia com uma artimanha ardilosa e irresistível para as turbas das redes sociais: o linchamento público.

Pouco importa a obra dos dois cineastas ou o crime que cometerem: a internet quer suas cabeças. Quer vingança. Quer sangue. É a lógica do patriarcado.

O terceiro é a noção, absurda para uma instituição cultural, de que o cinema é uma criação pessoal, e não coletiva. Porque, ao punir os diretores, toda a equipe que participou no desenvolvimento daquelas obras acabou sendo silenciada também. Isso para não falar no público, impedido de ter acesso a essas obras.

(...) Por que não aproveitar a oportunidade para realizar alguma ação formativa e, especialmente, positiva sobre a igualdade de gênero? Por que não chamar, por exemplo, produtoras, atrizes, roteiristas e diretoras para formar um grande ciclo de exibição e debates em torno da presença de mulheres no cinema nacional?''

OLD FRIEND OF MINE



Talvez o pior show da vida dela, e um show que para mim foi perfeito e revisto inúmeras vezes. Me fez pensar como o mundo do show business é muito mais "business" que "soul".

"Nós podíamos ter cancelado a turnê, mas tínhamos assinado um contrato. É tocando ao vivo que as bandas ganham a vida, e todos nós tínhamos famílias e contas para pagar, e no caso de Thurston e eu, a mensalidade da faculdade de Coco para pensar."

Acho que nenhum dos dois ia morrer de fome e nem a filha deixar de ir à Universidade. Escolhas, Kim, escolhas.

19/09/2015

FRONT


É impossível gostar/confiar/apoiar/tolerar um governo que em doze anos ao invés de construir paz no campo e justiça social foi capaz de deixar as coisas chegarem neste ponto, coroando os ruralistas com ministérios e adotando a subserviência como modelo para a governabilidade.

17/09/2015

TRATOR


Terra Indígena para que, né? Afinal de contas, podemos construir Usinas, legalizar imóveis rurais privados, burlar toda forma de restrição prevista em lei e até mesmo, se não pararem de reclamar, passar a PEC 215 para exterminar todos vcs de uma vez.

TODO DIA


Juiz concede, mesmo tendo manifestação contrária do Ministério Público Federal, reintegração de posse para imóveis rurais situados em Área Indígena Ñanderú Marangatú, homologada em 2005 e palco do assassinato de Semião Vilhalva no final de agosto. É uma tragédia anunciada.

08/09/2015

VICE VERSA DO CONTRÁRIO


Super show do Pupilas Dilatadas. Matando a saudade de "Superávit de Ódio", "CPF 00", "Militar não, muito obrigado", do show no TUC (?) nos anos 80 (?), do compacto "Experience" e das infinitas noites ao lado da Tita Blister, que me apresentou a banda.

14/08/2015

ÍMPAR


Redenção - Porto Alegre
Dezessete modos de pensar pensar pensar.

16/02/2015

BIG FISH


Dique do Tororó

Muitos se ajeitam entre si com contentamento. O usal é encontrar mesmo gente como a gente. Menorzinha.

Outros - poucos - só querem peixes grandes.

Ficarão velhos à beira do rio e aprenderão lenta e diariamente sobre a lida com o impossível. Dormirão com fome por, pensando no esturjão, terem deixado escapar os lambaris.

Chorarão. 

Mas chorariam mais se o menu fosse sempre corriqueiro.

27/01/2015

SINCERIDADE



Tem gente que gosta de dinheiro. Outros, dos filhos. Alguns, de animais. Eu gosto de homem.

21/01/2015

SONHO MEU


Será que não é hora de parar de fazer piadinha e tapar o escaldante sol com a peneira? Hora de assumir, de maneira digna e madura, que a situação é, sim, alarmante, e que todos devem se mobilizar para revertê-la, para que não se agrave? Ah, tá sonhei. Desculpaê.

BOLSO



Desmatamento > Assoreamento do Rio > Contaminação da Água > Soterramento da vegetação subaquática > Dificuldades na ovulação dos peixes e respiração da fauna aquática.

Ah, mas você nem liga pros peixinhos? Então olha isso:

Tratamento 1.000m3 H20 em rio conservado = R$ 2
Tratamento 1.000m3 H20 em rio degradado = R$ 300

(Dados de José Galizia Tundisi, do IIE),

Quem paga, em $ e perdas ambientais, somos todos. Mas quem ganha, em $, e muito, são... os ruralistas, já ouviu falar deles?


20/01/2015

MATERIAIS E MÉTODOS


Excelente empreitada do IPAM! “As decisões não podem ficar nas mãos só dos políticos. A população precisa estar informada e participar das decisões”. Não nos esqueçamos que o panorama é grave, com os índices de desmatamento subindo nos últimos cinco meses, e com dois dos principais articuladores do desmonte florestal - Kátia Abreu e Aldo Rebelo - coroados com um ministério.


05/01/2015

ÓCULOS



Faltam ainda 360 dias neste ano e mais 1080 dos outros três anos restantes. Prevejo pérolas no período. Vocês não sei, mas eu vou manter a calma. Acho.