30/04/2008
27/04/2008
CRUZADO
Não foi aquele bombardeio mental que senti quando li "Cem anos de solidão", em que eu ficava indo e voltando nas páginas, para não me perder no emaranhado da genealogia toda. Naquele, pensei: tinha que ter começado a ler esse livro com um bloco de anotações, porra! Mas já era metade, e eu não conseguia me desvencilhar da voracidade de ir em frente.
"Memória" não... Não sei se alguém se chocou com o tema, mas para mim, ela parece brincadeira de criança. Não por isso, menos importante. Quando li, eu estava mais ranzinza tanto para assuntos sexuais quanto para do amor - se é que esse joça existe, mas me pareceu tão patético o cara se apaixonar por uma idealização, por uma guria de quem não sabia nadica de nada - e nem queria saber - e a quem deu um apelido só deles...
Para mim, as coisas não podem vir descompanhadas da realidade. Maaaaas, como parece que o Gabriel García Marques deve ser "levemente" mais inteligente que eu, eis que me deparo com a seguinte passagem:
Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como uma reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir a minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio.
Toma, Tatiana, um soco na boca do estômago para vc aprender!
16/04/2008
SAUDADES DO MATÃO?
13/04/2008
MELÂNCIAS
O fato é: tem melancia para cacete, sobrando. E o preço tá baixo, R$ 0,10 no campo. Quem plantou, sifu. Ás vezes não compensa nem colher.
Plante, que ninguém garante!
PERDIDOS NA SELVA
Índio Suruí leva devastação da floresta ao Google
O Google está prestes a colocar na internet, com acesso aberto, mapas
detalhados da devastação na
floresta Amazônica. A iniciativa surgiu após um pedido de ajuda do líder
indígena Almir Suruí ao
Google Earth para mapear a terra de seu povo e, assim,
protegê-la do desmatamento.
A Terra Indígena Sete de Setembro fica no município de
Cacoal, em Rondônia.
Tanto pelo povo Suruí Paiter, de 1,2 mil habitantes, como pelo Google,
a iniciativa é considerada histórica.
"Podemos ver como as terras desses indígenas estão cercadas de
desmatamento", afirmou Rebecca Moore,
diretora de Programs do Google Earth. Amanhã, Almir falará sobre o assunto
em Londres - OESP, 9/4, Vida, p.A20.
Fonte: ISA
Na Operação em que estamos, por exemplo, ao invés de termos imagens atualizadas, para podermos comparar a cobertura vegetal atual com a pretérita, ter ajuda para calcular a Área de Preservação Permanente e de Reserva Legal das propriedades, enfim, ter um Sistema de Informações Geográficas realmente capaz de nos ajudar com os trabalhos de campo, temos o inverso.
Como qualquer leigo, ficamos dependendo do Google. Como diz o Dr. Sérgio Mendes, do NUMA/Ministério Público: "os infratores são organizados, nós não somos".
Para não dizer que não temos nada, temos: o Geobahia e o Geoflora. Mas como se comunicam, eu confesso não saber. Para mim, eles têm funcionalidade ZERO.
Por essas e outras que tenho pensado se realmente estou no trabalho certo.
12/04/2008
DANOS, ENGANOS
A fantasia das multas ambientais
Em 2 de abril de 2003, por lançar 1,2 bilhão de litros de resíduos
tóxicos nos rios Pomba e Paraíba do Sul, deixando cerca de 500 mil pessoas
sem água, a Indústria de Papel Cataguazes foi multada pelo Ibama em R$ 50
milhões. Passados cinco anos a multa ainda não foi paga. O caso Cataguazes
expõe a fantasia das infrações ambientais. Um levantamento revela que, nos
dez anos da lei, menos de 1% do valor total de multas administrativas
aplicadas pelos órgãos ambientais estaduais foi pago. No Ibama, a situação é
parecida: a União recebeu, desde 1998, apenas 10% das multas emitidas no
período. O percentual inclui os R$ 35 milhões pagos pela Petrobras devido ao
vazamento de óleo na Baía de Guanabara (RJ) em 2000 -
O Globo, 23/3, Rio, p.22 e 23.
O mau exemplo vem de cima
Apesar de terem o dever de garantir o respeito à legislação
ambiental, União, estado e municípios são réus recorrentes tanto na Justiça
federal quanto na estadual. Segundo um levantamento feito pelo Ministério
Público Federal, a União é recordista, figurando em sete ações civis públicas
e quatro populares, seguida da prefeitura do Rio, que acumula cinco ações
civis públicas e uma popular. A prefeitura figura também em cerca de mil
investigações sobre crime ambiental, de um total de duas mil, feitas pelo
Ministério Público estadual. Até órgãos de fiscalização não fogem à regra: o
Ibama responde a três ações civis públicas e a Feema, a duas ações civis
públicas e uma popular. Apesar dessa enxurrada de ações cíveis, casos
envolvendo o poder público raramente chegam à esfera criminal -
O Globo, 18/3, Rio, p.18.
Fonte: ISA
Aqui, estamos trabalhando em parceria com o Núcleo Mata Atlântica - NUMA, do Ministério Público Estadual, para que os Autos tenham desdobramento civil e penal.
Mas quando eu leio notícias como as aí de cima, fico muito descrente! O resultado de sempre, meio ambiente relegado ao enésimo plano, e o trabalho de pessoas comprometidas jogado no lixo.
AS APARÊNCIAS ENGANAM
Suporte: faixa tecida de algodão.
Outros componentes: cápsulas de frutos de "chapéu-de-napoleão", cordéis de fios de buriti, lascas de pecíolo de palmeira.
Comprimento total: 60 cm; largura: 17 cm.
Foto: Wagner Souza e Silva
Fonte: Terra Brasileira
Tráfico silvestre
11.04.2008
A comerciante Lilaz de Souza Loureiro foi denunciada esta semana à Justiça, pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA). Ela estava exportando partes de animais silvestres, disfarçando a maracutaia como artesanato indígena. Ela foi processada por contrabando, receptação de produto de crime e por formação de quadrilha. Se for condenada, pode emplacar de três a 15 anos de cadeia. Em maio de 2004, a Polícia Federal encontrou em sua residência, em Belém, pedaços de animais registrados como artesanato para que pudessem chegar ao Exterior. Artesanato com partes de animais silvestres só pode ser exportado para intercâmbio científico e cultural e com autorização da Fundação Nacional do Índio.
Quadrilha internacional
11.04.2008
Na época da apreensão, segundo o MPF/PA, a acusada integrava uma quadrilha chefiada pelo norte-americano Milan Hrabovski, que, através das suas empresas Rain Forest Crafts e Tribal Arts, sediadas na Flórida (EUA), encomendava artefatos indígenas com plumas, garras, presas e ossos de animais silvestres brasileiros. Seus colaboradores no Brasil atuavam principalmente no Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia e no Distrito Federal. O procurador da República Fernando José Aguiar de Oliveira registra na denúncia que também participavam do esquema servidores da Funai, do Ibama e pessoas ligadas às lojas Artíndia, do departamento de artesanato da Funai. Contra esses outros envolvidos, as denúncias terão que ser feitas na Justiça Federal do estado de origem de cada um deles.
Fonte: O Eco
Por isso, todo cuidado é pouco. O melhor é NÃO COMPRAR lembrancinhas do tipo, por mais que tenham cara de corretas.
HERDEIROS DO PAMPA POBRE
A gauchada tá bombando. Quem quiser, que se engane, mas o babado com as fábricas de celulose não é fraco não.
A Chefinha da Fepam (Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente) botou para quebrar. É isso aí, tem que botar esse pessoal para trabalhar! Afinal, quem eles pensam que pagou a campanha da Chefona, Dona Yeda Crusius?
Não é de hoje que a Silvicultura no RS tem sido responsável pela dança das cadeiras no órgão ambiental de lá. Enfim, o Zoneamento foi aprovado sem os percentuais para plantio em cada Unidade de Paisagem Natural (UPN) e sem a limitação do tamanho dos maciços de eucalipto e pinus da distância entre eles. A governadora influiu diretamente para que a liminar que suspendia tal zoneamento fosse cassada.
03/04/2008
DOCE COMO JILÓ
ESCALA INTERNACIONAL
02/04/2008
MASSA
Fonte: O Eco
Em suma, o governo deveria AGRADECER por haver um cara como esse. O governo, a sociedade, todos nós, enfim. Mas a resposta é essa.
TODOS QUEREM SER PASTORES
Em matadouros o controle é bem mais rígido, mas a crueldade não é menor: abatem-se vacas prenhas de bezerros de até sete meses. Fiquei horrorizada quando me contaram, e me disseram inclusive que a carne é mais gostosa!
Confesso que todos os dias tenho comido churras, amo, mas admito que é horrível de minha parte. Admito e pronto, sem patrulhas tb, acho que já faço um monte de outras coisas, mas a cena de um bezerro mamando sempre me tocou muito.
Aliás, estou sendo constantemente zoada por chegar nas áreas e falar: "ai que Reserva linda!"... Temos achado boas áreas, assim como áreas detonadas.
Não devem existir vilões nem mocinhos. O negócio não é demonizar o Eucalipto nem a pecuária, e sim ordenar essas atividades.
Que precisam, sim, de muito ordenamento.