17/02/2011

PATINHO

Imagem d' El Multicine


Aí a pessoa vê o trailer de Cisne Negro e acha que vai ser um filme sensacional. Chega a ficar nervosa com as pessoas falando no cinema - o que não é novidade - imaginando que não vão fazer silêncio quando o filme começar e que vão atrapalhar sua concentração.

Tanta expectativa em vão!

Foi agradável ver os bastidores do ballet, ver os calos nos pés das bailarinas e a rivalidade entre elas, ver que as graciosidades que aparecem flutuando no palco dão duro, pegam metrô, lutam por dias melhores.

Também é sempre bom ver a Winona Rider, que nesse filme interpretou a bailarina principal da Companhia que, mais por seu modo pouco ortodoxo de viver que por sua já não tão tenra idade, é levada pelo Diretor à uma aposentadoria involuntária.

Entretanto, o anunciado "suspense e drama psicológico" não dá frio na barriga nem comove. Natalie Portman é Nina, uma bailarina esmerada que mora com a mãe, ex-bailarina, e dorme num quarto cor-de-rosa cercada de bichinhos de pelúcia.

Certamente seu histórico familiar e a maneira com que encara a vida e a dança têm papel fundamental no modo com que ela age quando ganha o papel principal na nova montagem da Companhia. O filme, ao invés de se aprofundar nisso, prefere banalizar os acontecimentos, algumas vezes até tentando um certo tom de comédia.

Não é que eu não tenha senso de humor. É, muitas vezes não tenho, quando substimam minha inteligência. Quando é uma coisa rasa, tangenciando o patético. E da metade do filme em diante, creio que o roteiro se perdeu, ficando sem interesse, querendo surpreender mas na verdade se perdendo.

Enfim, nem tudo que parece, é.

4 comentários:

  1. Eu achei que o mal humor da Nina era fome. Nada que uma pizza quatro queijos nao resolvesse.

    ResponderExcluir
  2. Caraca, o que era aquela magreza toda? Chega fico gostando das minhas gordurébas!

    ResponderExcluir
  3. que filme, que filme, apesar do óbvio em explicitar a metáfora do nascimento da sexualidade em ambiente de conflito clássico, o filme é de uma grandeza artística óbvia, não bastasse a nicole portman... sensacional! a cena final já é antológica!

    ResponderExcluir
  4. Hum... Eu saí bem decepcionada, Edu, achei bem pouco, não senti intensidade nenhuma. Já em Biutiful e em Tetro, para citar filmes da temporada, fui atingida em cheio. Mas enfim, é a diversidade, né? Bjos!

    ResponderExcluir