08/10/2013

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Fui subir umas fotos da infância e acabei me empolgando. É tão estranho ver minhas fotos de Salvador, principalmente de 2008 e 2009. Estilinho requintada, querendo ser a sofisticada, frequentando restaurantes e lojas que na verdade não têm NADA a ver comigo, nunca tiveram. 

Respeito isso porque em primeiro lugar eu respeito muito tudo que eu fiz (isso pode tb se chamar orgulho, não dar o braço a torcer admitindo o engano). Respeito também porque hoje consigo compreender que foi mais uma das inúmeras tentativas de sobreviver na cidade. Eu havia percebido que ser "eu mesma" não estava dando certo, então resolvi ser um "padrão" de mulher, modelinho "gostável". Essa fase teve lados positivos, como meu cuidado com o corpo, fazendo atividade física. Só que decididamente eu não sou das que se "encaixa" em algo.

Voltei ontem do Congresso de Visagismo em SP. Ainda vou escrever muito sobre isso, mas para mim é inegável que a imagem pessoal é carregada de significados. Entretanto, ela não DEFINE o indivíduo.

A gente pode ser tudo. Mas a melhor escolha ainda é sermos nós mesmos.

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