Esquematizadazinha, metida a certinha, fominha. Nuns dias.
Preguiçosa, letárgica, relapsa. Noutros.
Talvez meu corpo seja apenas o laboratório prático do coquetel de adrenalina, serotonina, endorfina e outros neurotransmissores que me guiam. Tentei e realmente ocnsegui, após alguns anos de terapia e outros de remédios, dar uma melhorada na minha impulsividade.
Já consigo me calar-me em situações onde antes eu ne esperaria o sujeito terminar a frase. Fico olhando, asism, pensando se ninguém vai dizer nada. Aprendi que muitas vezes a coisa é tão óbvia, minha reprovação à situação é tão evidente, que eu nem preciso dizer.
Mas às vezes não dá.
O caminhão veio chegando, chegando. Estávamos na estrada, todos paramentados.
"Oi, bom dia, tudo bem, somos de tal lugar, estamos verificando a presença de animais silvestres nos veículos, o Sr poderia abrí-lo?".
E quando vi aquela carreta vindo em minha direção, pensei: é agora. Estava sem NENHUMA documentação de comprovação de origem da matéria-prima. E eu sabia para onde estava indo. Sim, tava indo para virar carvão daquela empresa que, como todas, sempre pede para a gente aliviar. Aquela que é ÓTIMA e nunca é resposável por nada.
Perguntei aos meus colegas se aquilo se configurava em infração. Recebi resposta positiva e a informação que eles estavam agindo de forma continuada. Delegacia. Termo circunstanciado.
Chororô. É sempre a mesma estória. Ah, doutora, eu não tenho culpa. Ah, não faz isso, eu sou trabalhador e gero empregos. Dessa vez, botaram a culpa no motorista.
"A Sra. sabe como é, esse pessoal sai correndo para chegar logo ao destino, ng mandou ele sair com a carreta, ele saiu sem avisar e nem pegou a nota fiscal. Isso nunca acontece, a gente trabalha com isso há mais de 20 anos".
Olhei pro cara, pensei em dizer que CLARO que o motorista saiu correndo com o caminhão, porque os patrões sempre ficam ESCRAVIZANDO-os com os horários. Mas deixei meu discursinho libertário para outra hora. Só disse que se ele trabalha com isso, sabe que deveria ter a nota fiscal.
E, como tudo na vida, um dia acontece. Aconteceu, Bial. Perdeu. Sinto muito, mas essa nota que vc está me apresentando foi emitida HOJE e a ingração coorreu ontem.
Expliquei isso para a tuma do deixa disso e perdi meu dia todo na deléga. Mas ganhei o mês. Achei estranho os caras da Empresa não aparecerem e deixarem os caras da terceirizada se virarem sozinhos.
Segunda-feira, na repartição, um cara da Empresa me liga para falar que aquilo não existe. Lamento, mas existe. Esse auto de apreensão que vc tem em mãos existe, queridinho. Ah, vcs não precisam de documentação, porque têm um acordo com não sei quem? Legal, vc pode me apresentar isso por escrito no prazo de 20 dias. Não, não dá para reverter. Ah, sei... Claro, fique à vontade para falar com meus chefes.
A-D-O-R-O!
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