Foto de Adoro Cinema
Coitado do Chico Buarque. Fizeram um filme muito ruim do livro dele. Tá certo que eu não li o livro, mas o filme é muito, muito ruim.
Talvez se o livro fosse também ruim, houvesse toda uma aura do Chico me impedindo de ver isso. Mas tem aquela coisa dos livros, de deixar nossa imaginação correr solta pela narrativa. O filme não, dá a cara das coisas, o jeito dos personagens, as cores das cidades.
E é assim que começa Budapeste. Com uma belíssima imagem da cidade, o narrador contando para a gente que, ao contrário do que pensara, Budapeste não é cinza. Nossa, penso eu, vai ser um filme fantástico. Oh, como sou uma pessoa crédula! Cusp, cusp, como fui desgostando do personagem central. Talvez, se eu estivesse lendo-o, ao invés de vendo-o, eu nem desgostasse tanto, mas vê-lo realmente esgotou a minha paciência.
Não posso ter empatia alguma com um tipo fracassado e sem emoção. Talvez no livro esteja presente algum dilema, mas no filme ele simplesmente passava pelos fatos, não me transparecia paixão alguma pelo que fazia, nem tormenta alguma pelas dificuldades. E as pessoas, as mulheres, jovens e bonitas demais para ele, diga-se de passagem, me pareceram peças, coadjuvantes.
Ora, me dirá algum senhor metido a intelectual que se identifique com o personagem, ele teve alguns rompantes exatamente em função das mulheres. Não, ele teve rompantes - indicativos do seu modo totalmente tosco de lidar com suas inabilidades - em função do seu orgulho. Não do outro, mas dele mesmo.
E também, depois de "Clube da Luta" tudo fica brincadeira de criança no campo "o que será que aconteceu?". Enfim, achei tedioso, várias vezes me lembrei tanto do Clube da Luta como do "Livro de Cabeceira". Será que as pessoas ficam chocadas de ver o Chico tratando de temas menos nobres?
Ah, tem a questão da língua, que não me comoveu. Achei que conheci pouco da Hungria, e ficou claro que esse não era o propósito do filme, mas achei interessantes as paisagens, a cena dos músicos, as ruas.
E o contraste com a praia do Rio! Esse deu a sensação que a gente tem quando viaja de um lugar para o outro. Agora, existem coisas que são fracas, muito fracas, como o samba cantado em húngaro. Filmezinho chumbrega! E vem cá, o que é aquele ator de mais de 50 anos de idade pegando a Giovanna Antonelli, a Paola Oliveira e a atriz húngara, que não por acaso é linda?
Porque não botar no elenco mulheres imperfeitas esteticamente como ele? E da faixa etária dele? Ou então, porque não colocar como protagonista um bonitão como as moçoilas? É machismo siiiim! E eu não digo porque eu não goste de mais velhos, todo mundo sabe que são meus preferidos, só acho que as coisas têm que ser igualitárias.
Então, o fracassado é o bambambam! A Giovanna Antonelli está num dos seus primeiros papéis como uma mulher madura. Num dos primeiros que eu vejo, porque graças a Deus eu não acompanho a carreira dela. Agora, a húngara se interessando por ele é realmente demais! Tão óbvio que vai acontecer, e tão inverossímel, ao menos na pele daquele ator inconsistente...
Como eu disse, coitado do Chico Buarque, que aparece no final do filme. Eu acho que ele teve vergonha de aparecer num filme tão ruim. Me deu a impressão que estava com um sorriso meio amarelo.
Talvez se o livro fosse também ruim, houvesse toda uma aura do Chico me impedindo de ver isso. Mas tem aquela coisa dos livros, de deixar nossa imaginação correr solta pela narrativa. O filme não, dá a cara das coisas, o jeito dos personagens, as cores das cidades.
E é assim que começa Budapeste. Com uma belíssima imagem da cidade, o narrador contando para a gente que, ao contrário do que pensara, Budapeste não é cinza. Nossa, penso eu, vai ser um filme fantástico. Oh, como sou uma pessoa crédula! Cusp, cusp, como fui desgostando do personagem central. Talvez, se eu estivesse lendo-o, ao invés de vendo-o, eu nem desgostasse tanto, mas vê-lo realmente esgotou a minha paciência.
Não posso ter empatia alguma com um tipo fracassado e sem emoção. Talvez no livro esteja presente algum dilema, mas no filme ele simplesmente passava pelos fatos, não me transparecia paixão alguma pelo que fazia, nem tormenta alguma pelas dificuldades. E as pessoas, as mulheres, jovens e bonitas demais para ele, diga-se de passagem, me pareceram peças, coadjuvantes.
Ora, me dirá algum senhor metido a intelectual que se identifique com o personagem, ele teve alguns rompantes exatamente em função das mulheres. Não, ele teve rompantes - indicativos do seu modo totalmente tosco de lidar com suas inabilidades - em função do seu orgulho. Não do outro, mas dele mesmo.
E também, depois de "Clube da Luta" tudo fica brincadeira de criança no campo "o que será que aconteceu?". Enfim, achei tedioso, várias vezes me lembrei tanto do Clube da Luta como do "Livro de Cabeceira". Será que as pessoas ficam chocadas de ver o Chico tratando de temas menos nobres?
Ah, tem a questão da língua, que não me comoveu. Achei que conheci pouco da Hungria, e ficou claro que esse não era o propósito do filme, mas achei interessantes as paisagens, a cena dos músicos, as ruas.
E o contraste com a praia do Rio! Esse deu a sensação que a gente tem quando viaja de um lugar para o outro. Agora, existem coisas que são fracas, muito fracas, como o samba cantado em húngaro. Filmezinho chumbrega! E vem cá, o que é aquele ator de mais de 50 anos de idade pegando a Giovanna Antonelli, a Paola Oliveira e a atriz húngara, que não por acaso é linda?
Porque não botar no elenco mulheres imperfeitas esteticamente como ele? E da faixa etária dele? Ou então, porque não colocar como protagonista um bonitão como as moçoilas? É machismo siiiim! E eu não digo porque eu não goste de mais velhos, todo mundo sabe que são meus preferidos, só acho que as coisas têm que ser igualitárias.
Então, o fracassado é o bambambam! A Giovanna Antonelli está num dos seus primeiros papéis como uma mulher madura. Num dos primeiros que eu vejo, porque graças a Deus eu não acompanho a carreira dela. Agora, a húngara se interessando por ele é realmente demais! Tão óbvio que vai acontecer, e tão inverossímel, ao menos na pele daquele ator inconsistente...
Como eu disse, coitado do Chico Buarque, que aparece no final do filme. Eu acho que ele teve vergonha de aparecer num filme tão ruim. Me deu a impressão que estava com um sorriso meio amarelo.
Não li seu post. Quero ver o filme primeiro.
ResponderExcluirVi o filme e gostei.
ResponderExcluirAcho que você tá vendo o contraste de modo perjorativo. Ele é importante para a história. (Talvez eu esteja acostumada com o Rio. É sempre um contraste chegar aqui).
E o cara é um gato. Eu pegava fácil. Não senti nada de estranho dele com a húngara bonita.
Ah, por fim, o filme não é sobre Budapeste. Podia ser sobre Gdansk.
: )
Talvez eu não tenha me expressado bem, mas o contraste, quando ele volta, foi uma das partes que gostei. Mas o samba, com partes em húngaro, que vi depois que está no trailler do filme, não gostei.
ResponderExcluirNão gostei do filme como um todo. Claro, é sobre a sensação de pertencimento, podia ser em qualquer canto. Ou de deslocamento, ou de qualquer porra.
Não achei ele gato, mas o problema não é esse.
A gente nem sempre tem o mesmo gosto, Dolly. E o mundo (nós, inclusive) sobrevive, né?
Bjos bjos
Claro que não temos o mesmo gosto... ainda mais em termos de homizinhos sexys! heheheh
ResponderExcluirEscrevi lá no meu sobre o filme.
Quer dizer que você gosta de homens mais velhos mas o personagem não pode pegar ''ninfetas'' bonitinhas...
ResponderExcluirSó tem filósofo(a)!
''Aurea Mediocritas''
Sr. Anônimo,
ResponderExcluirObrigada pelo elogio! O bom nisso tudo é que vc pode manter distância!
Abraços!