Fumaça
Tudo fumegando
O fogo avança
Aqui ainda não chegou, mas ao fundo....
O Secretário, arrumadinho com seu impecável gel no cabelo, fotografa, curioso, enquanto metade da Chapada se incendei
a
Tudo fumegando
O fogo avança
Aqui ainda não chegou, mas ao fundo....
O Secretário, arrumadinho com seu impecável gel no cabelo, fotografa, curioso, enquanto metade da Chapada se incendei
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O avião da FAB é um monstro
Brigadistas na mistura do pó químico (atividade que oferece risco, como as outras, liás, e precisa ser supervisionada e ter segurança).
Nuvem de fumaça
Fogo, fumaça, combate
Como me disseram, pareciam paisagens vulcânicas
Brigadista corajosa, guerreira em ação
Triste cenário
Mais um foco sendo checado
O fogo chegou perto das casas
Todas as fotos de Fernando Vivas/Agência A Tarde (10 e 11/11/08)
Brigadistas na mistura do pó químico (atividade que oferece risco, como as outras, liás, e precisa ser supervisionada e ter segurança).
Nuvem de fumaça
Fogo, fumaça, combate
Como me disseram, pareciam paisagens vulcânicas
Brigadista corajosa, guerreira em ação
Triste cenário
Mais um foco sendo checado
O fogo chegou perto das casas
Todas as fotos de Fernando Vivas/Agência A Tarde (10 e 11/11/08)
No dia 31 de outubro, o IMA - Instituto de Meio Ambiente do Estado da Bahia - noticiou em sua página que os incêndios na Chapada Diamantina já estavam controlados em 6 dos 20 municípios, que decretaram estado de emergência e 53 dos 60 focos já tinham sido apagados. Daí para a frente, foram só elogios à bravura e ao trabalho árduo dos bombeiros (que realmente, merecem todos os elogios), mas não citaram, em nenhum momento, algo como planejamento, parceria com outros orgãos, (federais, inclusive - sim, eles existem!), metas ao curto e longo prazo, perspectivas para o próximo ano e coisas do tipo.
Ok, ok, talvez não fosse o objetivo da nota. Mas talvez simplesmente eles não tivessem o que falar mesmo. Não falo especificamente do IMA, mas do Governo do Estado da Bahia, que me parece despreparado, desarticulado, perdido.
Tanto que no dia 01 de novembro saiu no Diário Oficial do Estado da Bahia que a situação do incêndio na Chapada estava controlada, a verdade de campo era outra. Ou talvez, como é habitual não só neste, mas em todos os governos, quis dar a entender que tudo estava bem quando na verdade não estava.
No dia 09, o DOE publica uma matéria dizendo que os órgãos ambientais estão preocupados com o número de queimadas, porque historicamente o período crítico vai de agosto a outubro.
Oh, meu Deus! O que devemos fazer enquanto metade da Chapada pega fogo? Seria uma boa alternativa rezar para São Pedro? Mas a data do padroeiro já passou, será melhor esperar o ano que vem? Ué, mas eu li no jornal que já estava tudo controlado.... Mas rapaz, você não sabe como é a natureza, rebelde? Quando menos se espera, ela vem e pimba, prega uma peça na gente... Culpa do fim dos tempos!
Fim dos tempos é colocar nas manchetes dos jornais que a situação está controlada e depois ter que passar a vergonha PÚBLICA de ver a incompetência da propaganda falsa virando cinzas.
Três dias depois, o mesmo Diário Oficial anunciou a intensificação do combate aos incêndios. Mais uma vez, a matéria jornalística se detém em números que tentam impressionar o leitor desavisado.
Vem cá, se o governator decreta situação de emergência todo ano para um bocado de municípios pela mesma causa, se é sabido que todo ano ocorrem incêndios (não só na Chapada, mas tb no Extremo Sul), se já sabem e dizem que desde junho estão trabalhando nisso, qual é o problema? O clima, esse grande traidor? Ou os culpados pela ação criminosa, esses mal-va-dos?
Ora, se apagar incêndio fosse fácil, não precisaríamos do trabalho de base das brigadas, tão esquecidas e mal assessoradas, sem comida, sem equipamento de proteção individual, sem trabalho de articulação durante todo o ano para finalmente poderem - com a condição que merecem - trabalhar dignamente nas situações de emergência, e com comando efetivo. A articulação, nunca é demais lembrar, cabe aos órgãos governamentais, IBAMA (ou ICMBIO?) incluídos.
O caso do IBAMA/ICMBIO é bem grave tb, não custa lembrar. Eu nem sempre cito aqui, porque não sinto muito de perto, mas a crise de identidade dos dois órgãos causa sequelas até agora. Servidores do PREVFOGO já se manifestaram em relação a divisão do IBAMA em maio de 2007, e a situação no ICMBIO de perto é desesperadora como bem confirma o testemunho de um analista ambiental servidor do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD), que lotou as caixas postais de boa parte dos ambientalistas nesta semana.
Enquanto as colunas especializadas estão de olho nos órgãos federais, nos resta ficar lendo o jornal A Tarde e ter o desprazer de nos deparar com as declarações esdrúxulas do Secretário Estadual de Meio Ambiente.
Se o IBAMA e o ICMBIO têm seus problemas, que não são poucos, o que dizer da Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia? Como melhor adjetivá-la? Abaixo da crítica? Talvez seja pouco.
Quem será que tem informações mais confiáveis a respeito das proporções do incêndio? O pessoal do PNCD, que sobrevoou a área, mapeou os pontos de foco de incêndio e fez uma estimativa de 50% da área do Parque incendiada, ou o Secretário Juliano Matos, que contestou a informações?
Ele não sabe se é mais ou se é menos, mas diz que a SEMA "está fazendo uma fotogrametria de satélite". Eu achava que fotogrametria era só para fotos aéreas, com imagens de satélites o caso era outro, mas como não é a minha área posso estar falando besteira....
Eu achei que a SEMA tivesse dito que tava tudo controlado; assim, que não tivesse se programado com a antecedência necessária para fazer licitação para a compra das cenas das áreas atingidas, justamente nos períodos em que o fogo pegou para valer.
Aliás, eu nem sei se em casos como esses o satélite funciona como ferramenta eficaz de avaliação, ou se ele é uma ferramenta para avaliação de um período para o outro. Mas de todo modo, contestar a informação de um sobrevoo fresquinho é um pouco demais, néammmmm?
A Defesa Civil também diz que a informação "não procede" e que o PNCD abrande apenas nove dos 31 municípios da Chapada. E que todo mundo fica acusando o Estado, ai meo Deos, que coisa, gentem, parem com isso, ai ai ai!
Além do mais, se o plano está pronto desde abril, não tem problema, nós estamos em novembro e está tudo certo, não estão vendo? Para ficar melhor, só a chuva, afirma o Cezar, esse grande e corajoso cara.
Muito triste ver tudo isso pegando fogo Tati. Tantas espécies de animais e vegetais se extinguindo. Só da pra contar com a chuva uma hora dessas?!! vergonhoso...
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