Olhava atentamente cada traço daquele rosto, conferindo com os dados da minha memória visual, cada vez mais precisos em função da assiduidade dos nossos encontros.
Ele conversava, divertido, enquanto eu, desprovida do papel de
interlocutora, podia me entregar à distração de somente observá-lo.
Sim, era verdade, ele estava ali.
Momentos antes, meu coração quase saía pela boca,
querendo engolir cada instante na fumaça do Marlboro vermelho na porta do
Café.
Eu não queria saber se estava chovendo, se estava frio ou se eu
estava com roupa de verão. Não queria saber se me olhavam dar voltinhas
na praça. Não queria saber de nada, só queria saltitar de alegria, pois ele iria chegar.
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