Alguém me explica como eu pude gostar anos a fio de Belle and Sebastian? A atmosfera que eu sentia ao ouví-los é totalmente diferente da que vejo no show do Pop Load que rolou em SP. A adequação do termo "bobo alegre" é perfeita.
24/10/2015
18/10/2015
PATRIMÔNIO
Sempre tive um gosto musical eclético, embora firme em minhas preferências - e tb em minhas implicâncias. Blindagem nunca fez parte das minhas bandas preferidas, ao contrário. Não gostava daquela coisa anos 70, não só neles mas em muitas bandas - com algumas nobres exceções. Achava que precisava haver renovação no cenário musical, e decididamente o Blindagem não contribuía com isso. Fora aquele massacre na programação da Estação Primeira.
O tempo passou e depois dessa fase fiquei 15 anos fora de Curitiba. Quando voltei passei por um processo de reintegração com a cidade e comigo mesma, andando pelas ruas que um dia tinham sido "minhas", revendo velhos amigos, resgatando algumas convivências, reconstruindo minha identidade e fortalecendo a sensação de pertencimento ao cenário.
Me apaixonei loucamente por uma pessoa que tinha hábitos, vida social e visão de mundo bem diferente da minha - mas adorava Blindagem, a ponto de ter ido se despedir do Ivo no Teatro Guaíra. Fui percebendo o quanto a banda fazia parte das lembranças da várias gerações e de pessoas tão diversas entre si. E de repente, ouvir Blindagem me aproximava da experiência de estar novamente em Curitiba.
Desde então vi alguns shows da banda, inclusive o de ontem na Ópera de Arame. Devido às condições do local, não fui esperando muita qualidade técnica no som, e eu estava certa. Não sei o que fizeram, mas só consegui ouvir bem a orquestra na segunda metade do show.
Muitas pessoas dizem que o Blindagem sem o Ivo não é o Blindagem, mas gosto do novo vocalista e acho que ele cumpre bem o seu papel. Percebi tb a técnica do baterista, à qual nunca havia me detido anteriormente. Mas o feeling do show esteve, sem dúvida, no guitarrista Paulo Teixeira. Toca com vontade e se divertindo!
Foi um show bastante parecido com o "Rock em Concerto", que eles fizeram, ainda com o Ivo, com a Orquestra Sinfônica do Paraná. Creio que queriam registrar, numa fórmula que já deu certo, algumas músicas novas e a continuidade da banda sem ele. Além disto, comemoraram 40 anos de estrada, o que, convenhamos, não é para qualquer um.
Considero cumprida essa parte da missão. Curitiba ñ tem mais sabor de novidade para mim - embora eu a redescubra diariamente; o rapaz com quem vivi um tórrido e longo affair faria aniversário hoje mas deve estar tomando "uns bom drink" com o Ivo no céu; a maioria dos meus amigos continua não gostando de Blindagem - embora eu tenha tb feito novas amizades que gostam e a vida continua num domingo nublado na cidade que é minha novamente.
16/10/2015
NADA
Gregório, desse programa humorístico (?) que eu nunca vi, escreve um roteiro para o Alexandre Nero protagonizar, com trilha sonora do Lobão. Estreiam com incentivos da Lei Rouanet sob o governo azul ou vermelho, tanto faz. Para mim, é a irrelevância reunida.
14/10/2015
ALICE
Tudo fica lindo nas publicações das repartições nas redes. De Ministério a Fundação, de Tribunal à Prefeitura, é uma felicidade só. O pioneirismo é, como se orgulham os nativos, curitibano. O MJ do justo Cardozo aprendeu bem. Transformou tráfico e escravização de pessoas em sorridente imigração. Sorriam.
10/10/2015
REMÉDIO
"- Mãe, ñ se preocupe, é normal que a gente esqueça as coisas, isso ñ quer dizer que vc tenha algo mais sério.
- Ah, Tati, eu já estou melhor. É só não pensar. Dia que eu não penso, eu não esqueço nada."
08/10/2015
VORACIDADE
Deixar o PSOL e ir para a Rede é assumir a pasteurização das articulações políticas. Não que o PSOL não as tenha, mas não nos esqueçamos que Marina apoiou o Aécio. E a Rede aceitando gente do PC do B, que contribuiu de maneira nefasta para a morte do Código Florestal, é simplesmente mostrar que não está nem aí para as questões ambientais e o que importa são as alianças para o poder. Também, o que se pode esperar de alguém que já esteve com o PV? Ano que vem a Rede vem, e vem forte, espertamente abrigando diferentes tendências sob o emblema da diversidade, mas no fundo querendo, como todos, governar a qualquer custo.
CAPA
Morei 15 anos na Bahia e sei quem o Cedraz representa. Discípulo da ACM, com cargos no executivo e legislativo por décadas. Foi nomeado ministro do TCU por Lula. Já o Nardes, atolado até o pescoço com a Operação Zelotes. Mas nada disso ameniza a responsabilidade do governo federal no processo. Quis tudo isso, não quis? Fez e faz acordos com a escória. O saco é sem fundo. Como já não bastasse a reforma ministerial, agora a movimentação de dinheiro, lama e influências vai ser colossal durante todo o andamento no Congresso. Ser benevolente, ter peninha ou compactuar com o inacabável jogo de vitimização do PT é atestar cegueira e masoquismo.
05/10/2015
ASTRONAUTA
Show do Wander Wildner na sexta passada. Os arranjos com teclado ficaram ótimos e foram executados de maneira empolgante. Quanto ao Wander, bem... Ele é sempre o Wander!
02/10/2015
PAZ
Trilha sonora da manhã: mantras belíssimos por Vrndãvana Dasa. O conheci numa festa em Salvador há uns 10 anos. Os arranjos são bem simples e, talvez por isso, encantadores. Voz, violão, harmônico, coro, tabla e karatãlas. Capa simples, feita em casa. É muito amor, e o "Do it yourself" rolando desde sempre para quem acredita no que faz.
01/10/2015
MIÇANGAS
Entrevista altamente esclarecedora. Vale a leitura atenta, não apenas por professores, pais, mães e estudantes, mas por todos que se importam com os rumos ñ só da educação mas de todo o panorama econômico e social que está sendo desenhado.
Qual é realmente o interesse de grupos financeiros como o Itaú (da Neca Setúbal, coordenadora da campanha de Marina Silva), Vale, empreiteiras e agronegócio têm ao participar do movimento "Todos pela Educação"?
Qual a relação entre os investimentos de fundos, o PNE (Plano Nacional de Educação), o "Pátria Educadora", a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos - que na ditadura se chamava SNI), e o Mangabeira Unger?
LERO
Blá blá blá blá... Aquela velha linguagem de repartição. Se deram ao trabalho de responder item a item mas... cadê, realmente, o conteúdo? O artigo de Santilli segue contundente!
COADJUVANTE
A queda do desmatamento está concentrada na Amazônia, o que não significa que lá está tudo bem. Nos outros biomas, Cerrado indo embora pela soja e pecuária, Caatinga para o carvão das siderúrgicas e Mata Atlântica espremida em fragmentos.
MAIS DO MESMO
Poutz. Foi governador da BA. No início, manteve as práticas que todos esperavam que iria dissolver. Depois as consolidou com requintes de dar inveja aos seus antecessores discípulos de ACM. No primeiro de seus dois mandatos, deixei definitivamente a repartição.
VACILO
Sempre evitei personalizar minhas críticas ao governo federal, pois não acho construtivo usar jargões que possam ser confundidos com os da direita. Mas tá difícil, hein? Buraco atrás de buraco.
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