O fato de eu estar total regimex, maquiagem, drenagem linfática, moda, roupas, não significa que emburreci. Estou cuidando de mim. Talvez até como um modo de pensar noutras coisas, já que gastar meus privilegiados neurônios com os absurdos que ocorrem na esfera maior, nacional, e na que me ronda, a repartição, me esgota muito.
Isso não quer dizer que eu fique passiva nem que eu seja omissa. Apenas estou numa fase em que ando preferindo não me importar. Não perder o sono. Não me irritar, não adquirir mais rugas, não entrar na disputa de poder. Não ter que ter razão. Não ter que provar minha inteligência, não ter que fazer nada além do que já faço. Continuar fazendo, o meu trabalho (e só ele), com a competência que sei que tenho. Quem quiser, veja.
Parafraseando a Tita, me esqueçam. Acho que já andam me esquecendo. É melhor. Não vou em reunião falar nada. Não preciso. Ontem, rolou uma denúncia para um colega de sala ir averiguar. Não era assim uma coisa suuuuper urgente, até mesmo porque as coisas andam tão caóticas que não se tem mais noção do que é prioridade ou não, tipo "vai lá ver o que está rolando". Dona Fulana sente um cheiro desagradável de não sei quê, que pode ser um produto químico.
Pode ser a capa plástica do fio de cobre que a galera rouba e queima para desencapar. Pode ser milhões de coisas. Quando a denúncia chega, o cheiro já passou. Tem a ver com a direção do vento na hora. Aí o técnico vai fazer o quê, molhar o dedo e colocar no vento? Ou usar bola de cristal para saber o que aconteceu?
Claro que um órgão público precisa dar resposta à Dona Fulana, como cidadã. Mas o meu questionamento é: se um Órgão Estadual de Meio Ambiente, com a estrutura que tem, não pode se ocupar de ações mais robustas, como apertar as empresas que estão de fato contribuindo pesadamente para a poluição da Bahia de Todos os Santos, por exemplo. Aquelas, cujo nome a gente já está cansado de saber.
E deixar o cheiro da Dona Fulana para a Prefeitura resolver. E se ocupar de coisas maiores, como o monitoramento dos resíduos, emissões e efluentes, numa escala macro, incluindo inclusive as correntes marinhas e atmosféricas que passam na casa de Dona Fulana, Cicrana e Beltrana.
Não. Fica o Técnico sempre fazendo o varejo. O faz-tudo. Volta, diz no Relatório que nada foi possível de se constatar, arquiva-se. O trabalho vira um cartório.
E então fica aquela sensação que estamos falando sozinho né?
ResponderExcluirÉ foda mesmo Tatinha, por mais que se dê o sangue, ninguém se importa muito...
Mas tem o outro lado - você é guerreira, então não pode/não vai desistir!
humm! Revolta q instiga a ação. Desperta a militância pela causa. Do varejo ao atacado. Indignação em cada fato. Te entendo. Solte a fera.
ResponderExcluirÉ cunhada, quem falou q seria fácil. Nessa realidade novida a interesses, salve-se quem puder. E no salve-se quem puder sobramos nós para não desistir jamais.
* Lí seus comentários e recados, desculpe a demora de retorno, muito prazer...
Grande beijo e Vamos em frente!