Olhei para a porta de vidro contornado por recortes de madeira, que confere ao prédio de quase 100 anos aspectos curvilíneos e sinuosos vindos da Art Noveau.
Motivo algum para ficar nervosa.
Porém, quando o vi adentrando o Café, pensei:
- "Estou ferrada".
Fingi que não vi.
Afinal, ele não lê pensamentos e não iria adivinhar que eu olhava insistentemente para a porta antes da sua chegada.
- "Oi", então eu disse, fingindo surpresa ao vê-lo e certa de que estava sendo convincente.
Se eu pudesse, fecharia os olhos naquele momento e o mandaria embora. Ou imploraria para ele me deter, imediatamente.